sábado, 17 de setembro de 2011

A flor e o Vulcão

A flor e o vulcão.

    Certa vez a muito tempo uma flor,fina,delicada,bela e com um doce cheiro brotou ao lado de uma vulcão.Ele ,alto,poderoso,devastador e imutável.

    A pequena flor olhava para seu vizinho.O fogo que ele exalava, o poder que ali se consistia a encantava.Como uma coisa tão pequena pode se encantar com algo tão grande e devastador?

    O vulcão olhava a pequenina ali ao seu lado tão pequena,poderia esmagá-La rapidamente,mas não o fez.A doçura,a beleza e aquele cheiro que ali continham o fascinavam.Um poderoso vulcão e uma efêmera flor.

    Assim os dois se mantiveram,observando um ao outro,cada um guardando dentro de si a beleza oposto que a do outro.Os dois se apaixonaram.

    A flor sabia que era tola de ali ficar,poderia facilmente ser esmagada e ferida.O vulcão por sua vez sabia que era poderoso demais para alto tão pequena,mas ambos eram egoístas demais para deixar o outro.

    Era dolorido para eles,ver o oposto o outro.Opostos tão diferentes.Belezas tão distintas que ainda mais encantava o outro.

    A pequena flor se mexia de acordo com o vento,se mexendo e querendo sentir ares diferentes.O vulcão apesar de belo estava simples,quase monótono, a cansando.

    O vulcão notava a efemeridade da flor e de seu amor que havia nela,não queria perde-La ,mas se pudesse a deixaria livre para ir.O vulcão então entrou em erupção. Tomando o cuidado de não machucar sua pequena e amada flor.

    Com a lava que descia próxima a flor que sentia sufocada ali,mas sabia que aquele sufoco era para si o amor que o vulcão tinha por ela.

    Assim os dois permaneceram ao lado do outro,.A flor criou espinho que as vezes machucava o vulcão,mas ele era forte e rígido então apenas o feriam bem levemente.

    A flor amava o vulcão,apesar de querer novos ares ali permanecia.O vulcão sofria por isso e certo dia derramou um pouco de lava sobre o caule da flor para ele a libertar,mas ela ficou brava e relutou. “Do que adianta ser livre se minhas raízes estão aqui?”

    A flor fora machucada pelo vulcão que tanto amava. Ele arrependido se desculpou e ali fez a fez florescer ao lado do outro.

    O amor entre algo efêmero e algo eterno era instável e incoerente,mas era doce,perfeita,mortal.Era simplesmente um romance de uma flor e um vulcão.Algo estranho e terno.

Um comentário: